Pneu Furado

O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha. Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo "Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
 - Você tem macaco? - perguntou o homem.
- Não - respondeu a moça.
- Tudo bem, eu tenho - disse o homem
- Você tem estepe?
 - Não - disse a moça.
- Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a trabalhar trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.

 (Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).

INFÂNCIA ROUBADA
 Faça a leitura do texto abaixo e responda as questões de 1 a 3. A nota será dada de acordo com os comentários feitos de forma individual - cada aluno fará o seu comentário sobre a leitura do livro. Bom trabalho!!!

A exploração do trabalho infantil

Eli e Edi, crianças que trabalham nos laranjais o dia inteiro, têm um sonho: ir para a escola.

Para realizá-lo, os dois se esforçam e lançam mão de todos os recursos. Não é fácil. O pouco dinheiro que ganham com a 'panha' da laranja fará falta no dia-a-dia da família muito pobre. Aqueles que exploram o trabalho deles e de outras crianças nos laranjais não querem nem ouvir falar em escola. Muitos de seus amigos desanimam e afirmam que nenhum deles porá os pés numa escola.

1.   Como continuar trabalhando e ir para a escola?

2.  De que maneira essa situação foi resolvida?

3.Você gostou do final da história? Faça um breve comentário sobre o final da história.

Co-autoria: Júlio Emílio Bráz
Ilustrações de Maurício Negro
96 páginas
Editora FTD

 

Data: 28 de setembro de 2011

SÚPLICA CEARENSE - O RAPPA

GUERRA DE CANUDOS


Súplica Cearense - O Rappa from Alexandre Juruena on Vimeo.